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Destino do Rally Dakar 2011 continua indefinido
por Assessoria de Imprensa - (imprensa@parisdakar.com.br)
20/03/2010


Klever Kolberg
Foto: Divulgação - João Pires


Já se passaram dois meses após a bandeirada final do Rally Dakar 2010, na chegada a Buenos Aires, mas a indefinição do local onde será realizada a edição 2011 continua. A incerteza sobre o destino da próxima edição deixa centenas de pilotos na expectativa. Esta demora talvez se deva a múltiplos fatores que devem ser avaliados. Eventos recentes devem ter complicado ainda mais a decisão da ASO – organizadora da prova. Seu diretor, o francês Etienne Lavigne, tem nas mãos uma equação um tanto confusa para resolver.

Após esta segunda realização da prova na América do Sul, havia três fortes hipóteses para o futuro do rali mais difícil do mundo. Uma era a permanência na Argentina e no Chile. Este último, inclusive, manifestou grande interesse em assumir a largada ou a chegada da competição. Entretanto, o trágico terremoto que abalou o país talvez mude as prioridades do novo governo que acaba de tomar posse. Especula-se que o Chile teria de investir cerca de sete milhões de euros para sediar o evento pelo terceiro ano consecutivo.

Outra tendência que parecia ser forte para janeiro de 2011 seria o retorno do Dakar à África, mas com um novo percurso, cruzando Tunísia, Líbia e Egito, com a chegada nas famosas pirâmides. Teoricamente, este seria um percurso livre das ameaças terroristas, que causaram o cancelamento do Dakar em 2008. A alternativa parecia viável, já que após um longo e conturbado relacionamento da Líbia com a Europa Ocidental e também com os Estados Unidos, havia uma certa harmonia. No entanto, ela foi afetada novamente pela tensão que recomeçou, e a Líbia declarou embargo comercial e econômico à Suíça, uma semana depois de Muammar Khadaffi, líder libanês, ter convocado uma “jihad” (luta armada) contra o país europeu, em represália pela recente aprovação de um referendo que impõe restrições à construção de minaretes em mesquitas.

As relações entre Líbia e Suíça estão ruins desde julho de 2008, quando Hannibal, filho da Khadaffi, foi brevemente detido em Genebra. O problema piorou quando a Líbia reagiu prendendo e confiscando o passaporte de dois empresários suíços – Rashid Hamdani e Max Goeldi.

Esta tensão pode afetar uma provável nova rota para o Dakar, ou até mesmo causar a proibição da presença de pilotos, equipes, jornalistas e membros de staff de algumas nacionalidades, que teriam negado os vistos de entrada na Líbia.

Existe uma terceira alternativa. E ela seria o retorno ao percurso original, com a saída de Paris e a chegada em Dakar, capital do Senegal. No entanto, ela parece pouco provável, já que tanto os competidores como os patrocinadores não estariam dispostos a correr os riscos de enfrentamento com grupos armados locais ou até mesmo ameaças da Al-Qaeda.

O que nos resta é ficar na espera das novidades que definirão a rota do Dakar para janeiro de 2011.

Klever Kolberg – Piloto do Valtra Dakar Eco Team.



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