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Rally dos Sertões – Oitava etapa
por Klever Kolberg - (imprensa@parisdakar.com.br)
19/08/2010


Klever e Flavio
Foto: Theo Ribeiro/ www.webventure.com.br


Largamos de Balsas, Maranhão, que mais parecia um caldeirão, isso às 08:00 horas da manhã, um calor de fazer inveja, e rumo a outra cidade quente, Teresina, no Piauí.

Um dia longo, a maior distancia percorrida no Sertões 2010, 650 km. A especial com 185 km foi rápida. Aliviamos o carro eliminando todo o peso possível e partimos para uma estratégia de ataque.

Rally tem poucas semelhanças com futebol, mas uma é esta, quando o time joga no ataque, o jogo é bonito. Então literalmente voamos, tirando o limite da máquina, assumindo o risco, mas marcando gols, quer dizer, andando rápido, uma pilotagem que dá prazer e orgulho.

Mas num pequeno vacilo, a roda dianteira esquerda raspou forte em alguma coisa que nem eu, nem o Flavio, viu. Sei lá, uma pedra, uma raiz, algo que bateu forte, sem afetar a trajetória. Faltavam apenas 33 km e o volante começou a vibrar, mau sinal.

Parecia uma roda torta ou um pedaço de madeira entre o aro e o pneu. Mas dava para continuar. Como não faltava muito, seguimos em frente, mas aos poucos o carro foi piorando, já não conseguia mais ser rápido, especialmente nas curvas para a direita, que apóiam mais no pneu esquerdo.

Tivemos que parar, parecia pneu furado, mas visualmente ele estava inteiro. Tempo perdido com a parada e voltamos a andar, mas lentos, e o carro ainda pior. Paramos novamente, novo exame, mais detalhado e nada aparente. Mais tempo perdido, fora o ritmo que já era lento, cuidando para não piorar.

Mistério, o que havia quebrado? O atraso já era grande, e o dano parecia maior do que imaginamos. Decidimos tentar seguir em frente, mesmo lentos, para cruzar a linha final. Depois de 20 km, o pneu estourou de vez. Devia ser um furo lento, que causou prejuízo dobrado, porque perdemos o tempo da troca e também dos 20 km quase se arrastando.

Foi uma ducha de água fria, justo a que não queríamos, porque estava quente e um banho seria um sonho.

Jogamos no ataque, mas fomos goleados, perdendo mais uma posição.

Faltam duas etapas.

Abraços



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