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Rally Dakar 2012 – Coluna Klever Kolberg - Pouco a ganhar, tudo a perder
por Assessoria de Imprensa - (imprensa@parisdakar.com.br)02/01/2012
Para a maioria dos competidores o dia foi de aquecimento dos motores e das técnicas de pilotagem, já que ao especial é curta para quem tem 8.300 km pela frente. Além de quebrar o gelo, pilotos e navegadores podem pegar ritmo de jogo e quebrar a ansiedade da primeira largada, que mesmo aos mais experientes causa um certo frio na barriga. O maior obstáculo do dia foi um mar de gente que se acumula para assistir a passagem da caravana. As estradas, ruas e avenidas que fazem parte do percurso ficam lotadas. Eu tenho inveja dos nossos pilotos vizinhos. Os argentinos são apaixonados pelo automobilismo, mais do que isso, fanáticos. Existe uma tradição de reunir a família e acampar nos circuitos, neste caso pode ser ao lado do acostamento de uma estrada ou o portão de casa. Eles já têm um “kit” com cadeiras, churrasqueira, bebidas e é claro, uma cuia para tomar um mate. Lá são festejados mais que os pilotos, mas também mecânicos, engenheiros, enfim, o time. Dá orgulho vestir a camisa. Em 2010 meus mecânicos chegaram ao acampamento com um sorriso de uma lado ao outro do rosto. Eles nunca tinham vivido a experiência dos autógrafos, abraços, beijos e tirado tantas fotos com torcedores insaciáveis. Então, em muitos trechos conseguir andar a mais de 10 km/h é quase impossível e nem precisa entender muito de matemática para ver que os 763 km de deslocamento vão se alongar durantes muitas horas. É uma verdadeira mistura de prazer, orgulho com a ansiedade de chegar, o estresse de um enorme engarrafamento numa corrida. Já o seleto grupo dos pilotos que tem a vitória como objetivo final não pode se dar a este luxo. Um ou mil quilômetros não vem ao caso, o que importa é desde o primeiro metro e fazer o menor tempo. Mas como são curtos 57 km, há pouco a se ganhar, mas se algo sair errado, tudo pode estar perdido. Este texto foi escrito antes de ser noticiada a morte do piloto argentino Jorge Martinez Boero, de 38 anos. Ele sofreu um acidente de moto na metade da primeira especial, foi atendido e chegou a ser transportado de helicóptero ao hospital, mas não resistiu. Para acompanhar os comentários de Klever Kolberg sobre o mundo rally siga no Twitter www.twitter.com/kleverkolberg e no Facebook www.facebook.com/kleverkolberg Para utilização deste texto ou colaborações especiais fazer contato com: Imprensa Klever Kolberg: XYZ Live Rodolpho Siqueira/Marcus Lellis 11. 7283-3715 11. 3144.9927 ou 9975 press@xyzlive.com.br Itens relacionados: »01/01/2012 Dakar 2012 – 1 etapa – Carros – Supremacia dos Mini »01/01/2012 Dakar 2012 – 1 etapa – Motos – Vitória de Chaleco »01/01/2012 Segurança: um plano adaptado e bem planejado »31/12/2011 Rally Dakar 2012 – Equipes de fábrica não participam com carros »05/12/2011 Final do Campeonato Brasileiro de Cross Country »30/11/2011 Campeonato Brasileiro de Cross Country: Rally dos Amigos »16/11/2011 Campeonato Brasileiro de Cross Country: Rally das Serras »08/11/2011 Os favoritos a vitória no Rally Dakar 2012 |