Supercarro leva Kolberg e Roldan no Dakar
por - (imprensa@parisdakar.com.br)
27/12/2004
 Mitsubishi Pajero que será utilizado pelos brasileiros na oficina alemã Foto: Ralliart
 Pajero passa por últimos ajustes na Ralliart, Alemanha Foto: Ralliart
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Pajero dos brasileiros é o mais preparado depois dos carros da equipe oficial
A dupla brasileira Klever Kolberg/Lourival Roldan larga no próximo dia 1º de janeiro de Barcelona com um Mitsubishi Pajero que tem tudo para levá-la a brigar pelas primeiras posições do Rally Paris-Dakar. A experiência e os bons resultados – em 2002, por exemplo, Kolberg foi 8º colocado na classificação geral –, renderam ao piloto um convite da Ralliart para pilotar um dos sete carros desenvolvidos pela preparadora na Alemanha especialmente para o Dakar 2005. “É o melhor carro que eu já tive nas mãos”, garante Kolberg. Segundo o piloto, depois dos carros da equipe oficial, seu Pajero é o mais preparado da prova. “Isto dá muita segurança e confiança, mas a responsabilidade também cresce muito”, diz.
O Mitsubishi da dupla da equipe Petrobras Lubrax, um Pajero Full 3.8 V6, tem chassi tubular e carroceria de carbono kevlar. “Isto deixou o carro muito mais leve”, explica Kolberg. São 1.825 quilos ante os 2.200 quilos do carro usado no Dakar 2004. “Entre as vantagens proporcionadas pelo baixo peso está a maior facilidade na hora de transpor as enormes dunas do deserto”, conta o piloto, que participa pela 18ª vez da mais longa e difícil prova off-road do mundo – em 26 edições da prova, mais de 30 pessoas já morreram. Este peso, relativamente baixo (um Fiat Mille pesa 805 quilos), é movido por um potente motor 3.8 V6 de 260 cavalos (o Mille tem 55 cavalos). Para equilibrar o centro de gravidade e otimizar a distribuição do peso, o motor foi rebaixado e colocado alguns milímetros para trás em relação ao modelo do Dakar 2004. A transmissão também usa tecnologia de ponta: é seqüencial de seis marchas. A alavanca move-se apenas para frente (para aumentar a marcha) ou para trás (para reduzí-la). “Este sistema facilita as trocas, garante agilidade na pilotagem e as retomadas ficam mais rápidas”, lembra Kolberg.
O desenvolvimento do novo pneu, batizado Scorpion Rally, ocorreu no Brasil, levou um ano e consumiu mais de 600 unidades. Além dos testes realizados durante os ralis do Café, do Sertões e Terra Brasil, Kolberg e os pilotos Ingo Hoffmann e Guilherme Spinelli rodaram milhares de quilômetros sob a batuta dos engenheiros da Pirelli. “Um carro deste porte, precisava de um pneu melhor”, diz o piloto. No final da bateria de testes, a Pirelli resolveu adotar o composto mais duro, privilegiando a resistência e a durabilidade. “O Dakar tem especiais de quase 1000 quilômetros”, justifica o brasileiro.
A preocupação também se justifica porque o regulamento deste ano proibiu o uso do controle interno da pressão dos pneus. Agora, conforme ocorrerem as mudanças de terreno, piloto e navegador terão de descer do carro para encher ou esvaziar os pneus. Em terrenos duros, de pedra, os pneus devem rodar mais cheios. Nas dunas de areia, o ideal é reduzir um pouco a pressão. “A dúvida entre descer do carro para mexer na pressão ou acelerar e arriscar ter um pneu furado vai vir à tona pelo menos umas 50 vezes por dia”, diz Lourival Roldan. Na dúvida, o Pajero da dupla conta com macaco hidráulico (funciona com a bomba da direção) e com três estepes.
75 toneladas de peça a bordo de cinco caminhões
As chances da dupla Klever Kolberg/Lourival Roldan cresceram muito este ano não apenas pelo carro que os dois brasileiros pilotarão nos 8.956 quilômetros entre Barcelona e Dakar. A parceria com a Ralliart prevê um excelente apoio mecânico ao longo da prova. Quatro carros e cinco caminhões com 15 toneladas de peças cada um vão servir a dupla e a outros cinco competidores ao longo do rali. Só para o Pajero do brasileiro, por exemplo, serão 70 pneus sobressalentes. Dois destes caminhões fazem o mesmo roteiro do rali, para prestar socorro durante a prova. Três, seguem por um caminho mais curto, aumentando a possibilidade de chegarem ao próximo acampamento. Ao todo, serão 50 profissionais, entre engenheiros, chefes de equipe e mecânicos.
A Equipe Petrobras Lubrax tem patrocínio da Petrobras, Petrobras Distribuidora, Mitsubishi Motors do Brasil, Pirelli, e apoio da Minoica Global Logistics, Banco DaimlerChrysler, Mercedes-Benz Caminhões, Mercedes Seguros, Controlsat Monitoramento Via Satélite, Eurofarma, Planac Informática, Telenor Satellite Services AS, Kaerre, Capacetes Bieffe, Sparco América Latina, Artfix, ZF do Brasil, Behr, Sadia e Dakar Promoções
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