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Rally dos Sertões – Quinta etapa
por Klever Kolberg - (imprensa@parisdakar.com.br)
15/08/2010


Klever e Flavio
Foto: Gabriel Barbosa/ www.webventure.com.br


Já pensou acordar às 04:30 horas da matina num domingão? Bom, se você estivesse entre os líderes da categoria motos do Rally dos Sertões, é assim que este dia calmo na vida de um cidadão começaria.

Como estou na categoria carros, pude ficar na horizontal um pouco mais, mas nada de especial, acordei às 06:30 horas. Dependendo do ponto de vista, melhor ou pior.

Mas vamos falar de coisas sérias. Neste domingo, dia 15/08, percorremos os 500 km da quinta etapa do Rally dos Sertões, entre Dianópolis-TO e Palmas, a capital do Estado do Tocantins.

Já sabíamos que seria uma pedreira, e foi. Uma etapa importante, forte, com piso totalmente diferente do que enfrentamos até aqui. Muita trilha, buracos, trial, erosões, pontes precárias, valetas, lombadas, enfim, uma quebradeira, moedor de veículos.

A pilotagem foi super exigida, já que precisava andar rápido, mas sem ferir o carro. Mais difícil ainda foi a navegação, milhares de saídas, quase pegadinhas, obstáculos de perigo, zonas de radar e muita gente acabou andando mais do que o necessário, procurando o caminho correto.

Para minha sorte, o Flavio França foi um dos poucos navegadores que acertou tudo. Só para dar uma idéia, fomos o quarto carro a largar e o primeiro a chegar, fazendo apenas uma ultrapassagem. O Flavio é fera.

Mas, quando tudo estava finalizando, faltando apenas 400 metros para o final, duas curvas para a bandeirada final, de repente o carro saiu de controle e não completou a curva. Atravessamos uma cerca e conseguimos parar antes de bater nas árvores.

Ufa, que susto. Mas junto com este primeiro pavor, veio o segundo filme de terror, ou seja, parecia que a caixa de direção havia quebrado poucos metros antes da chegada. Perderíamos muito tempo num reparo. A vaca tinha ido para o brejo, que azar!

Mas notei que o volante, isso, a direção estava solta nas minhas mãos. Os seis parafusos que a prendem ao cubo de direção haviam soltado com tanta vibração. Opa, tentei ligar o carro e o motor funcionou de prima, apesar da panca. Engatei a ré e com as duas mãos fazendo toda a força possível, agarrei o cubo, como se fosse uma mini direção. Mal consegui dirigir o carro, lentamente manobrei de volta a trilha, e a míseros 10 km/h, percorremos os 400 metros finais. Perdemos minutos preciosos, mas comparado ao filme de minutos antes, o prejuízo foi pequeno.

Terminamos a etapa com o terceiro tempo mais rápido, perdendo a liderança do rally para o Guilherme Spinelli, mas estamos colados, na segundo colocação.

São dois carros utilizando etanol na liderança da prova.

Amanha o bicho vai pegar, etapa Maratona!!

Abraços



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